terça-feira, 21 de março de 2006

O MISTÉRIO DO LAGO ANJIKUNI

Existem vários exemplos do desaparecimento completo e permanente de seres humanos sem que se saiba a verdadeira natureza da força que levou essas vidas.
Entre as teorias para explicar os desaparecimentos estão: remoinhos metapsíquicos, vórtices inferiores, interrupções do tempo e portais dimensionais...
Talvez o mais fantástico entre todos os casos contemporâneos seja o desaparecimento de uma vila esquimó inteira, às margens do lago Anjikuni, em 1930. Até hoje as autoridades canadenses não foram capazes de resolver esse enigma ou entrar em contato com membros ou descendentes daquela tribo. É praticamente como se ela jamais tivesse existido.
O mistério surgiu em novembro de 1930, quando um caçador de peles valiosas de nome Joe Labelle entrou, caminhando pela neve, na familiar vila de barracas, completamente deserta. Apenas duas semanas antes, a última vez em que Labelle estivera lá, a vila era um assentamento agitado e cheio de vida. Agora ao invés das amigáveis saudações de acolhimento, Labelle foi recebido por um silêncio sobrenatural. Sem encontrar viva alma, o caçador procurou desesperadamente por pistas que o levassem a explicar a situação. Absolutamente em vão.

Os caiaques dos esquimós continuavam ancorados como de costume, suas casas guardavam os artigos essenciais dos habitantes da vila: seus tapetes e rifles. Nas fogueiras apagadas do acampamento, encontravam-se os familiares potes de cozido de carne de caribus (cervo) congelados, que consistiam no prato rotineiro da tribo. Tudo estava no lugar certo, com exceção das pessoas. Era como se a comunidade inteira de duas mil pessoas tivesse deixado subitamente as suas casas no meio de um dia normal. Mas havia outro detalhe diretamente relacionado à sua ausência: Labelle verificou, profundamente estarrecido, que não havia rastros no chão indicando que as pessoas saíram do acampamento.

Os esquimós não poderiam de maneira alguma ter viajado sem um dos seus meios de transporte típicos, os trenós ou os caiaques. Como afirmou um oficial na ocasião: "Esse acontecimento é, de um modo geral, fisicamente improvável."

Mais de meio século depois, esse veredicto ainda é verdadeiro...

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