terça-feira, 21 de março de 2006

PIRÂMIDES DE CHICHÉN ITZÁ

Entre as construções maias remanescentes do sítio arqueológico de Chichén Itzá, na península de Yucatán, está a pirâmide de degraus provavelmente também utilizada para fins ritualísticos.

Fundada por volta de 514 a.C, a cidade de Chichén Itzá foi abandonada em 670 e reconstruída 300 anos mais tarde, quando se tornou o centro da cultura maia e a cidade mais importante do nordeste de Yucátan. Sua arquitetura denota influência tolteca, civilização mexicana anterior aos maias.

"O Castelo" em Chichén Itzá, México, foi erguido em harmonia com o calendário Maia. São 91 degraus em cada um dos quatro lados, totalizando, portanto, 364 degraus.
Com a plataforma superior, comum aos quatro lados, chegamos a 365 degraus...e dias!

Até o século 15, os Maias representavam o grupo indígena mais importante da América Central. Construíram uma civilização muito avançada em conhecimentos de matemática, astronomia, arquitetura e criaram sua própria escrita através de símbolos, os conhecidos hieróglifos. Dominavam a região sul do México, a Guatemala, Honduras e Belize. Os Maias dependiam das chuvas para saciar a sede e para as colheitas, e muitas das cerimônias religiosas tinham por objetivo pedir chuvas.

Os habitantes da “Boca do poço dos feiticeiros d’água”- Chichén-Itzá – queriam desvendar o caminho dos astros para chegar ao coração dos deuses. Nesse local mágico, os maias ergueram uma civilização sobre os pilares da ciência e da religião.

A sombra de Kukulcán, o Deus Serpente dos Maias, passeia por Chichén-Itzá, durante os equinócios de primavera e de outono, quando noite e dia têm a mesma duração. Seu ponto de partida é a principal escadaria do Castelo, uma grande pirâmide erguida em sua honra com bases em conhecimentos astronômicos: os degraus das quatro escadarias e da plataforma superior somam 365, numero de dias do ano como citamos acima, além disso cada um dos lados alinha-se com um dos pontos cardeais, e os 52 painéis esculpidos em suas paredes são uma referência aos 52 anos do ciclo de destruição e reconstrução do mundo, segundo a Tradição Maia.

Durante muitos anos, os cientistas se impressionaram com a exatidão dos Maias, posto que esta pirâmide está direcionada para o pólo geométrico da Terra, com o erro de alguns milímetros. Recentemente descobriram, que não há erro algum. Na verdade esta pirâmide está direcionada para o pólo magnético da Terra.

Não se construía uma pirâmide porquê dela se necessitava, não se construíam templos porquê eram precisos. Templos e pirâmides eram construídos porquê o calendário maia (o mais exato do mundo) prescrevia que, a cada 52 anos, o número prefixado de degraus de uma obra arquitetônica deveria ser concluído. Cada pedra relaciona-se com o calendário, cada obra arquitetônica é astronomicamente orientada com exatidão.

Todos os anos mais de 40.000 pessoas visitam a grande pirâmide para ver a silhueta de uma cobra que aparece lentamente na lateral da escadaria com a movimentação do sol. Ainda no México, cem quilômetros ao sul da capital, está a Pirâmide de Cholula que tem o plano da base maior que o da Pirâmide de Quéops. Ao norte, o campo de pirâmides de Teotihuacã cobre uma planície de quase 20 Km quadrados, e todas as construções escavadas orientam-se pelas estrelas. O texto mais antigo sobre Teotihuanã relata que ali se reuniam os deuses e se aconselhavam acerca do homem...antes mesmo que o homo sapiens tivesse existido...

Tão única e espetacular como a arquitetura grega ou romana, a arquitetura maia abarca vários milênios; ainda assim, mais dramática e facilmente reconhecíveis como Maias são essas fantásticas pirâmides escalonadas do final do período pré-clássico em diante. Durante este período da cultura maia, os centros de poder religioso, comercial e burocrático cresceram para se tornarem incríveis cidades como Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. Devido às suas muitas semelhanças assim como diferenças estilísticas, os restos da arquitetura Maia são uma chave importante para o entendimento da evolução de sua antiga civilização.

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